Saúde
Uma pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, em parceria com a agência britânica de segurança alimentar (Food Standards Agency), divulgou nesta segunda-feira, 10/09, que corantes e aditivos alimentares aumentam o nível de hiperatividade das crianças. O estudo foi publicado na revista "The Lancet".
A hiperatividade é um problema que tem atingido um grande número de crianças em todas as partes do mundo. Ela está relacionada a problemas de concentração, atenção e dificuldade de aprendizado, especialmente envolvendo a leitura.
O estudo britânico apenas confirmou alguns resultados anteriores, obtidos através da análise de crianças hiperativas. De acordo com o pesquisador Jim Stevenson, a pesquisa detectou o efeito negativo dos aditivos alimentares sobre a hiperatividade de crianças de 3 e de 8-9 anos de idade. Esses aditivos são produtos que atuam como conservantes do gosto, aspecto ou aparência da comida.
Para a pesquisa, os cientistas analisaram 153 crianças de 3 anos e 114 entre 8 e 9 anos. Durante o estudo, os pesquisadores administraram coquetéis de aditivos com corantes alimentares combinados com apenas um conservante, o benzoato de sódio. O estudo constatou que os efeitos negativos dos aditivos não atuam apenas em crianças hiperativas, mas também entre toda a população.
Os cientistas alertam para que os pais prestem mais atenção à alimentação dos seus filhos, pois os números dos problemas de hiperatividade no mundo são preocupantes. Só nos Estados Unidos, o índice de crianças com déficit de atenção triplicou nos últimos 25 anos, chegando a 2,84 milhões entre 2001 e 2002. Na França, o caso também é complicado. No país, uma a cada 400 crianças toma Ritalina, um medicamento contra a hiperatividade. Fonte: http://www.elnet.com.br/canais_interna.php?materia=2802